“Diário da Aula & Lab 3”: das misturas que não nos fazem sentir em casa.
Essa forma de explicação se deu e ainda se dá de diversas maneiras, com o surgimento de diversas religiões, tendo todas a semelhança de buscar explicações para o que não pode ou não poderia ser explicado, ou, até mesmo, ser mais uma teoria, mesmo que não comprovada cientificamente.
Religiões consideradas mais antigas, como as de povos indígenas, antigos africanos e povos antigos europeus, geralmente cultuam a natureza, como forma de representação de Deus, como na religião Wicca; já outras religiões, são politeístas, ou seja, acreditam que há mais de um Deus, como na religião grega e, também, há religiões monoteístas, que acreditam em apenas um único Deus, como o cristianismo.
"A Wicca é uma religião pagã que se dedica ao conhecimento da espiritualidade a partir da natureza e da psique humana" Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/religiao/wicca.htm |
A diversidade de religiões é infinita, por agregar povos, épocas, culturas e outras tantas características que façam com que os seres humanos de um determinado tempo e espaço se identifiquem e acabem por aderir essa forma de culto e de explicação de sua própria existência.
A diversidade religiosa não se dá somente pelas características individuais de um determinado povo, mas também pela troca de cultura entre povos, ou até mesmo derivando de uma religião para formação de outra, como exemplo, a Igreja Católica Romana que derivou a Igreja Ortodoxa, apesar de ser praticamente a mesma religião praticada pelas duas igrejas, há muitas diferenças, que se deram, inicialmente, por motivos políticos.
"Apesar de católicos romanos e ortodoxos terem uma história comum, uma série de dificuldades ocasionou o distanciamento entre os dois grupos religiosos. Desde o Império Romano e durante a Idade Média, a Igreja Católica possuía duas sedes principais, uma localizada em Roma, no Ocidente, e outra na cidade de Constantinopla, no Oriente. Ficou acordado entre as duas partes da Igreja que a capital do Império seria Roma." Na imagem, Papa Francisco (líder da Igreja Católica) e Patriarca Kirill (líder da Igreja Ortodoxa Russa) se cumprimentam. Fonte: https://veja.abril.com.br/mundo/entenda-as-diferencas-entre-a-igreja-catolica-e-a-ortodoxa/ |
Outro exemplo de troca de culturas é o conhecido natal que muitas sociedades ocidentais, que aderiram ao catolicismo, comemoram nos dias atuais, celebrando o nascimento de Jesus Cristo, uma figura importante aos católicos, entretanto, essa data do natal já era motivo de comemoração muito antes do nascimento de Jesus; na Grécia, essa data era usada para cultuar Dionísio, Deus do vinho e da vida mansa. A razão pela qual usam a mesma data em diversas religiões provém de uma tradição de celebrar o solstício de inverno, a noite mais longa do ano no hemisfério norte, que acontece no final de dezembro. A partir desse exemplo, pode-se concluir que as religiões recebem influências uma das outras, a partir da troca entre povos diferentes, promovendo ainda mais a diversidade religiosa.
Representação de Dionísio, Deus do vinho |
No Brasil, essa mistura de cultura, que engloba a religião, também ocorreu, a partir da vinda de povos africanos, com suas religiões tradicionais, e a vinda de povos europeus, inclusive jesuítas, a fim de catequizar indígenas, também com suas religiões tradicionais. Um exemplo dessa troca de culturas - chamada de sincretismo religioso - é a equivalência de Ogum, um orixá das religiões Umbanda e Candomblé, a São Jorge, da Igreja Católica.
À esquerda, Ogum e à direita, São Jorge |
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