“Diário da Aula & Lab 4”: pré
Preconceito vem, primordialmente, de um pré conceito, ou seja, de um pré julgamento perante algo o qual não há conhecimento. É normal ao ser humano não ter conhecimento sobre algum assunto, afinal existe inúmeros assuntos, sendo, inclusive, humanamente impossível ter ciência de todos eles, entretanto, não é normal julgar um assunto em que não há conhecimento, o que acaba sendo ilógico, visto que por qual motivo seria apresentado um ponto de vista sobre um assunto o qual não possui ciência sobre? De que maneira essa opinião sem fundamento poderia ser validada? Apesar de racionalmente essa ideia de ilogicidade do pré julgamento fazer sentido, é importante lembrar que o ser humano é, também, movido por paixões: em uma roda de amigos, onde todos estão comentando sobre algo, quem quer saber se esses que comentam possuem conhecimento sobre o assunto? na verdade, o que é prioritário nesse momento de descontração é o ato de falar, e não o que é falado, logo, é muito mais confortável juntar-se ao senso comum da roda de amigos, por exemplo, concordando que a homossexualidade é “errada” do que parar para pensar que, na verdade, de maneira mais básica possível, a homossexualidade existe e é comum, apesar de muitos acharem errado por um dogma religioso, por exemplo, mas que de nada afeta a vida do próximo. Pensando nisso, acredito que eu tenha muitos preconceitos, mas que venho, todos os dias, fazendo com que essa paixão e irracionalidade de pré julgar algo que não conheço seja, simplesmente, substituída pela razão de questionar, aprender e então poder compreender melhor sobre um assunto. Sem dúvidas, esse exercício diário é capaz não somente de abolir falsas ideias, mas, juntamente a essa abolição, destruir intolerâncias, que podem gerar violência. A desinformação é capaz de gerar violência e, até mesmo, morte. Um exemplo de projeto contra preconceitos, principalmente no mês do orgulho LGBT, é a Semana da Diversidade LGBT, promovida no banco Itaú para seus funcionários, a partir de palestras e rodas de debates que visam tratar sobre a diversidade LGBT dentro do meio corporativo e fora dele. Tive a oportunidade de participar de um desses bate papos, em que o tema foi “Discriminação no meio de trabalho: como lidar?”, junto com o superintendente do canal de denúncias do Itaú (esse canal é chamado de Ombudsman) e com a diretora do canal Fique OK, uma empresa que presta serviços ao Itaú voltados a saúde e bem-estar, com psicólogos, nutricionistas, entre outros. Nessa roda de discussão, foi revelado o compromisso do Itaú perante casos de homofobia, além de apoio psicológico e emocional para aqueles que querem contar as pessoas próximas sobre sua sexualidade ou até mesmo se descobrirem, além disso, houve troca de histórias e experiências, além de cobranças de funcionários sobre preconceito velado em algumas áreas do banco. Esse tipo de campanha a favor de minorias inviabilizadas, principalmente ao ser promovida por grandes corporativas, é fundamental para que haja conscientização sobre a causa e que essa seja representada e viabilizada, além de incentivar a eliminação de preconceitos e barreiras muito enraizados em nossa sociedade, além disso, é uma forma de acolher clientes e funcionários pertencentes a comunidade LGBT (ou qualquer outro grupo) e abrir fronteiras para novas formas de pensar, de ser e agir, dessa forma, evoluindo a partir das diferenças.
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