"Diário da Aula & Lab 6": Culture jamming e uma possível mudança de pensamento das novas gerações
Culture jamming é, basicamente, uma cultura de oposição ao consumismo, que tem como base dar uma resposta, rompendo ou subvertendo a cultura mainstream, ou seja, a cultura massificada. Essa expressão rejeita a ideia de que o marketing deve ser aceito passivamente. Em suma, podemos traduzir o culture jamming como uma contracultura.
Esse tipo
de cultura é fundamental no sistema capitalista atual que vivemos, em que há
uma cultura predominante de massas, instigando o consumo intensivo e não
consciente, sem que haja uma preocupação sobre o que se é comprado, afinal, não
há interesse em explicar de maneira transparente o que é vendido, mas apenas o
interesse em vender e, com isso, gerar lucro, pois o que move o capitalismo é,
exatamente, o capital.
Apesar da
cultura de massas ainda ser muito forte atualmente, venho notado um fluxo
contrário que surge pelas novas gerações nascidas a partir do final do século
XX, em que, principalmente, com a democratização das redes, o consumo
consciente vem sendo explorado e, até mesmo, virando um tipo de mainstream
entre os jovens. Obviamente, esse fluxo contrário vem aos poucos, porém,
podemos notar algumas mudanças, como por exemplo, ao vermos o aumento do número
de pessoas que se consideram vegetarianas e/ou veganas.
O
movimento vegetariano/vegano ainda é considerado um meio elitizado, porém, vem
ganhando força ao ser uma alternativa de estilo de vida que visa problemas
sociais, econômicos e ambientais, deixando, aos poucos, pelo menos para as
novas gerações, de ser uma espécie de “dieta” saudável, uma “frescura” ou
apenas por uma “dó” simplória dos animais.
Um dos vídeos que me incentivou a deixar de comer carne, da socióloga Sabrina Fernandes em seu canal Tese Onze. Esse vídeo possui mais de 39 mil visualizações e seu canal tem mais de 184 mil seguidores
Esse documentário, Cowspiracy: o segredo da sustentabilidade, também foi fundamental no meu momento de transição para o vegetarianismo. Ele está disponível na Netflix. Com isso, concluímos que, ao vermos assuntos assim em plataformas de grande alcance de público, há uma relativa democratização sobre esse tipo de debate
Além do
vegetarianismo/veganismo, a onda do uso consiente do plástico, deixando o
canudo de lado, vem também surgindo como um fluxo contrário ao consumismo
exarcebado.
Tanto o
movimento vegetariano/vegano, quanto o repensar do uso de canudos vem sendo
também incorporado ao jogo capitalista, ao vermos empresas como o Burguer King
oferecendo opção de fast food vegetariano e empresas vendendo canudos de metal
de diversos tipos, tamanhos, modelos e preços. A linha entre o consumo
consciente e essa adequaçãoo as formas de consumo é tênue.
Como para
tudo há uma oposição, a contracultura vem como uma forma de denúncia ao sistema
ao qual estamos inseridos, como podemos ver a seguir:
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