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Showing posts from June, 2019

“Diário da Aula & Lab 4”: o que é a teoria queer de butler?

A Teoria Queer é uma linha de pensamento filosófico e sociológico surgida da aliança entre feministas e movimento LGBTQ. É uma teoria que aindua está em construção e que foi altamente influenciada pelo existencialismo de Beauvoir, pelo marxismo, pela psicanálise, pelos estudos pós-coloniais, e por Foucault. Postula contra a classificação e padronização das identidades, contra o assimilacionismo cultural, contra a cisnormatividade e heteronormatividade, contra o patriarcado, contra o (pink) capitalismo e contra o sistema binário de gênero/sexualidade. Não é, como alguns pensam, uma política identitária; é uma teoria crítica e pós-identitária orientada pela política das diferenças (e não da diversidade) e da subversão.

“Diário da Aula & Lab 4”: a interseccionalidade como fundamental

Kimberlé Crenshaw é uma pesquisadora, feminista, estadunidense e professora especializada nas questões de raça e gênero. Uma de suas pesquisas mais importantes é o batismo do conceito de “interseccionalidade”, o qual consiste em um termo sociológico usado para referir-se a diversos formatos de discriminação e/ou dominação perante alguém, ou seja, haver uma visualização ampla sobre os diversos tipos de violência, principalmente de poder, que alguém pode sofrer. Desse conceito de intersecção, nasce uma vertente do feminismo, chamada de feminismo interseccional, que visa acolher essas violências diversas sofridas em sociedade contra o gênero feminino, por exemplo, o feminismo interseccional acolhe e debate questões referentes, somente, as mulheres negras, assim como questões exclusivamente referentes a mulheres trans, pois esses desígnios diferem-se da realidade de uma mulher branca, ou uma mulher cisgênero. Para que fique mais claro, é importante compreender que as vivências se diferenci

“Diário da Aula & Lab 4”: pré

Preconceito vem, primordialmente, de um pré conceito, ou seja, de um pré julgamento perante algo o qual não há conhecimento. É normal ao ser humano não ter conhecimento sobre algum assunto, afinal existe inúmeros assuntos, sendo, inclusive, humanamente impossível ter ciência de todos eles, entretanto, não é normal julgar um assunto em que não há conhecimento, o que acaba sendo ilógico, visto que por qual motivo seria apresentado um ponto de vista sobre um assunto o qual não possui ciência sobre? De que maneira essa opinião sem fundamento poderia ser validada? Apesar de racionalmente essa ideia de ilogicidade do pré julgamento fazer sentido, é importante lembrar que o ser humano é, também, movido por paixões: em uma roda de amigos, onde todos estão comentando sobre algo, quem quer saber se esses que comentam possuem conhecimento sobre o assunto? na verdade, o que é prioritário nesse momento de descontração é o ato de falar, e não o que é falado, logo, é muito mais confortável juntar-se

meu lado espiritual.

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Apesar da minha família se considerar cristã-católica, ninguém - além da minha avó - pratica a religião. Não fiz catequese, mas fui batizada. Hoje em dia não pertenço a nenhuma religião, apesar de me identificar e me sentir bem com a filosofia budista que, na verdade, não classifica-se como religião, mas sim como filosofia de vida. O dia que visitei o templo Zu Lai e, finalmente, senti-me em casa Gostaria de ser mais adepta ao estilo de vida budista; identifico-me com a ideia de evolução do espírito e busca pela felicidade, que são alguns dos vários pontos propostos pelo budismo. Além disso, gosto de sentir-me parte da natureza e, de certa forma, o fato de eu ser vegetariana é algo que me faz bem em um nível espiritual. Gosto também de conectar tudo isso a práticas como terapia, ioga e meditação, visando o autoconhecimento e meu próprio equilíbrio perante a mim e aos outros como ser habitante desse plano.

“Diário de Aula & Lab 3”: intolerância religiosa tem alvo?

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A intolerância religiosa é uma realidade   no Brasil, e a população reconhecendo meios de denúncia, os registros desses ficaram mais claros e indubitáveis.  Conforme o site Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil, os casos de intolerância religiosa registrados no estado da Bahia subiram 2.250% nos últimos 6 anos, o que reflete a importância de haver um órgão em que possa se fazer essas denúncias e que cuide desse tipo de crime em um país tão culturalmente diversificado, e, como consequência, com praticantes de diversas religiões, para que garantam a liberdade religiosa desse. No mesmo site, é relatado um caso de depredação da Pedra de Xangô, patrimônio religioso, tombado como patrimônio cultural, localizado em Salvador, em que na última semana de 2018, foram despejados mais de 100 quilos de sal sobre o monumento. Mesmo com a limpeza do local, o mesmo ataque voltou a acontecer no primeiro dia do ano de 2019. Com a denúncia, o Ministério Público da Bahia instaurou procediment

“Diário da Aula & Lab 3”: a análise sociológica em “Santo Forte”

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O documentário “Santo Forte” de Eduardo Coutinho, lançado em 1999, mostra experiências religiosas de alguns moradores da favela Vila Parque da Cidade, no Rio de Janeiro, tornando-se uma análise sociológica da região.  Ao assistir o documentário, nota-se fortemente o sincretismo religioso e, também, uma timidez ou medo de sofrer algum tipo de intolerância religiosa - provavelmente o segundo - pela maior parte dos moradores. Em primeiro lugar, o sincretismo religioso, que define-se como mistura de religiões, em que muitos entrevistados no documentário praticam. Carla, uma das entrevistadas, salienta isso de maneira muito explícita, dizendo que as imagens da Umbanda e do Candomblé são praticamente as mesmas presentes nas Igrejas Católicas.  O medo de sofrer intolerância religiosa, ou desconhecimento, ou timidez, ou simplesmente o costume de mistura de religiões - o que pode tornar-se natural em um país como o Brasil, que em um mesmo local, juntou europeus, indígenas, africanos e

“Diário da Aula & Lab 3”: das misturas que não nos fazem sentir em casa.

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O ser humano sempre se intrigou sobre o motivo e o porquê de sua própria existência, e a criação de religiões sempre trouxerem esse propósito, em uma tentativa de explicar as razões pela quais existimos.  Essa forma de explicação se deu e ainda se dá de diversas maneiras, com o surgimento de diversas religiões, tendo todas a semelhança de buscar explicações para o que não pode ou não poderia ser explicado, ou, até mesmo, ser mais uma teoria, mesmo que não comprovada cientificamente.  Religiões consideradas mais antigas, como as de povos indígenas, antigos africanos e povos antigos europeus, geralmente cultuam a natureza, como forma de representação de Deus, como na religião Wicca; já outras religiões, são politeístas, ou seja, acreditam que há mais de um Deus, como na religião grega e, também, há religiões monoteístas, que acreditam em apenas um único Deus, como o cristianismo.  "A Wicca é uma religião pagã que se dedica ao conhecimento da espiritualidade a partir da n

Diário da Aula & Lab 2: "Feminist: the person who believes in the social, political, and economic equality of the sexes" II

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Apesar de conhecer a Chimamanda, como comentei em um post anterior a esse, não havia assistido ainda ao seu TED “O perigo da história única”, em que ela conta sua história de vida focando em sua identidade como uma mulher nigeriana. Na segunda aula de Identidade e Cultura tive a oportunidade de assistir a esse discurso e a parte mais interessante, para mim, foi em um momento que a escritora fala sobre a relação entre identidade e poder, em como os Estados Unidos, por exemplo, tinha uma identidade muito mais consolidada e positiva que seu país de origem, Nigéria, por exemplo. Isso está ligado ao poder que os Estados Unidos possui perante outros países, tanto de maneira geopolítica, quanto de maneira cultural. Chimamanda fala, também, sobre assumir a sua identidade como africana ao se reconhecer nos livros e por suas experiências fora do seu continente. Todo esse relato me fez refletir sobre as histórias não apenas de povos ou países, que são muito importantes conhece-las, mas ta

Diário da Aula & Lab 2: "Feminist: the person who believes in the social, political, and economic equality of the sexes" I

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Conheci a Chimamanda graças a uma música da cantora norte-americana Beyoncé, ***Flawless, em que um momento da canção é um trecho de um discurso da autora em um TED Talk entitulado como “We should all be feminist”, o qual foi base para o livro “Sejamos todos feministas”. Com isso, interessei-me pela Chimamanda; é inegável a importância de uma mulher negra, nigeriana, escritora e feminista com falas e obras que tratam sobre o ser mulher e negra no mundo atual, não apenas pela ideia que passa em seu trabalho, mas também pela representatividade. Chimamanda no TED Talk "We should all be feminists", com o livro que usou o discurso como base para ser escrito Um de seus livros, “Para Educar Crianças Feministas”, foi inspirado em uma carta que escreveu a uma amiga lhe ensinando como cuidar para que sua filha priorizasse a igualdade de gênero desde o início de sua formação, com isso, criou a obra com algumas dicas para alcançar esse objetivo. Sem dúvidas, Chimamanda pode

Diário da Aula & Lab 2: Pratique o desapego. E ponto final.

O Clube de Trocas foi um momento interessantíssimo na aula de Identidade e Cultura, pois foi uma forma não só de conhecer o outro e a sala como um todo, mas também praticar o desapego em um sistema que propõe como base o individualismo e a posse.  Os objetos colocados foram diversos, cada um com sua particularidade e história, porém, observando o todo, foi possível identificar características comuns: muitos materiais de papelaria, representando que todos eram estudantes; comidas embaladas ou frutas pequenas, representando uma vida corrida da maior parte dos alunos, sem tempo de fazer refeições completas, e, também, luva e cachecol, mostrando o tempo frio que fazia na semana.  Meu objeto de troca foi um post-it, o qual no começo achei que seria difícil de me desfazer, pois foi algo que comprei exclusivamente para a faculdade, porém, eu tenho outros post-its daquele tipo, então, não teria motivos para manter mais um, que provavelmente demoraria para usar, ou acabaria estragando e eu

Ansiedade

Olho pro relógio que está olhando pra mim Ele me encara, me analisa de cima abaixo Observa, como quem não quer nada O relógio que olho e que olha pra mim Ele anda, devagar, mas anda Como se estivesse manco Enfim, anda, O relógio que me encara E o azul que mora dentro de mim A imensidão do universo que se instala no meu peito Passa junto com o relógio O relógio que eu olho E não para de olhar pra mim Aquilo que mora aqui dentro só passa com o passar do relógio E demora do jeito que demora o relógio O relógio que olha pra min E eu olho o relógio De novo Esperando a coisa sair de mim Esperando que na hora que der a hora no relógio Ela vá embora E então o relógio pare de olhar pra mim E eu pare de olhar pro relógio Mas enquanto isso eu olho pro relógio E o relógio olha pra mim

iamamiwhoami

Sou a Beatriz. Tenho 18 anos, mas em 29/06 faço 19 - sou canceriana. Falar de si nunca é fácil; assumimos inúmeros papéis na vida, e ao falar de nós mesmos, falamos de uma versão como se essa fosse única, esquecendo que somos uma imensidão de coisas, crescendo, se desenvolvendo e evoluindo, além dos inúmeros papéis que fazemos: sou filha da minha mãe e filha do meu pai - tem diferença! Sou neta, sobrinha, amiga, colega, companheira... Sou a Bia quando estou sozinha comigo mesma.  Nasci em São Paulo, capital, na zona leste, em 2000, na casa dos avós e dos meus pais, casa essa que nasceu junto comigo. Cresci nessa casa e fui filha e neta única por 9 anos, até que em 2009 a casa renasceu: minha irmã veio ao mundo e a casa cresceu mesmo, em quantidade de pessoas e em quantidade de cômodos. Na escola, sempre fui a primeira da sala de aula e a última a ser escolhida nos times de educação física. Sempre gostei de estudar, mas nunca fui de muitas amizades. Sofri bullying e me odiei por